quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Chico Fraga, Coronel Mendes e um certo tipo de mídia

A revelação da conversa que o controvertido Coronel Mendes, do tucano governo gaúcho de Yeda Crusius, manteve com o não menos controvertido Chico Fraga, integrante do tucano governo canoense de Ronchetti, é estarrecedora e esclarecedora.

Estarrece pelo fato de que o Coronel, um aparente linha-dura-moralista-da-ordem-e-dos-bons-modos, desfrutando de considerável intimidade, pediu favor a um agente público que, ao que se vê, é um verdadeiro “globtrotter” em escândalos e irregularidades com verbas públicas e que, presumivelmente, tem força e poder junto ao governo Yeda. E também influência para indicar uma espécie de Mariza Abreu da segurança pública – alguém com arrogância, violência, soberba, truculência, inaptidão ao diálogo e autonomia para afrontar permanentemente a sociedade.

E esclarece a simbiose que existe entre um suposto e alegado tipo de “jornalismo colunista” e o modus operandi de determinados segmentos conservadores. Este pseudo jornalismo em verdade se revela cada vez mais uma prática criminosa de atacar pessoas, destruir imagens públicas e infundir preconceitos contra pessoas de esquerda e organizações civis com as quais discordam politicamente.
Ao mesmo tempo que impressiona que tal comportamento “jornalístico” subsista impunemente, apavora a idéia de que seus autores comportem-se como verdadeiros psicopatas homicidas, movidos tão somente por ódio bruto contra inimigos imaginários.

A pergunta é: quem os sustenta?

O “subprime” chegou antes na Chácara das Pedras

A crise do sistema hipotecário dos Estados Unidos, que arrastou o mundo na maior crise do capitalismo desde 1929, parece ter apresentado um primeiro espasmo em Porto Alegre, precisamente no Bairro Chácara das Pedras, no agora remoto ano de 2006.

Terá sido a governadora Yeda Crusius a primeira e rara brasileira a se beneficiar da corrosão do “subprime” nos Estados Unidos? [“subprime” = título imobiliário de alto risco que faz parte da orgia financeira especulativa].

Uma explicação plausível da ciência – a estas alturas do campeonato não é recomendável “comprar-se” as explicações do mercado, sobretudo o imobiliário – pode indicar que sim, a governadora fez um negócio da China: comprou por 700 – 800 mil reais, no final de 2006, a casa que em março de 2006 era anunciada por R$ 1,450 mil. Além da pechincha do preço, o Senhor Laranja, vendedor do imóvel , que paradoxalmente alegava razões de urgência para a venda a preços tão módicos, parcelou o pagamento.

Com a chegada definitiva dos efeitos da crise no Brasil, muitos amigos e pessoas conhecidas que residem na Chácara das Pedras e na Vila Jardim receiam que, a partir dos parâmetros da transação imobiliária feita pela governadora, seus imóveis sejam desvalorizados a ponto de terem de indenizar potenciais compradores.

domingo, 7 de dezembro de 2008