sexta-feira, 14 de março de 2008

Desvendar as “ruas escuras” da internet

Entrevista do psicanalista Mário Corso expõe os labirintos indecifráveis da internet, as “ruas escuras”, as “trevas” que podem seduzir para a morte jovens como Vinícius, de 16 anos. Mário Corso era psicanalista do Vinícius, que em julho de 2006 se suicidou em contacto com o lado cruel, sádico e sórdido da existência humana. Via internet.

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quarta-feira, 12 de março de 2008

“Partido RBS” que deveria ser televisionado

Não é nenhuma novidade que o Grupo RBS é mais que um monopólio de comunicação do Sul do Brasil; o Grupo é o mais poderoso partido político da direita do Rio Grande do Sul; a expressão orgânica e militante do ideário conservador. E a RBS não só age enquanto verdadeira potência, como tem consciência do próprio poderio, sabendo tirar sempre o máximo proveito de tal condição.

Se é verdade que para a esquerda do PT e para a esquerda em geral é fundamental e estratégico reconquistar Porto Alegre com Miguel Rossetto para recuperar uma capacidade de audiência hegemônica a partir dos valores fundantes e radicais do PT, também é verdade que para o “Partido RBS” o empenho estratégico consiste justamente em interditar esta rota.

Não são fortuitas as matérias e colunas publicadas no jornal Zero Hora de hoje desafiando o PT a realizar debates televisivos ou radiofônicos entre as duas pré-candidaturas que disputam a prévia partidária.

A “sugestão” é um total despropósito. O PT é um partido político, e, enquanto tal, uma associação civil de direito privado que congrega pessoas que voluntariamente se associam a ele em razão de identidades teóricas, políticas, programáticas e ideológicas.

O PT, como um partido político, tem suas próprias regras democráticas e mecanismos internos de deliberação. Suas decisões, políticas e opções são adotadas exclusivamente pela sua comunidade interna que esteja regimentalmente em dia para participar das deliberações partidárias.

Já o “Partido da RBS”, ainda que um monopólio privado, é uma concessão pública que deveria observar minimamente o direito à diversidade no jornalismo que pratica, o que sonega absolutamente.

O “Partido da RBS”, que subitamente aparenta compromisso com a democracia e com a irradiação dos debates do PT, deveria demonstrar gestualmente e concretamente uma mudança de atitude, deixando de blindar os governos Yeda e Fogaça e deixando de sonegar espaço jornalístico para a expressão política da oposição a estes governos.

O “Partido da RBS” poderia ir além e radicalizar sua condição de concessão pública transmitindo, por exemplo, todas as reuniões do seu Conselho de Administração e Diretoria pela Rádio Gaúcha, TVCom e RBSTV. Ou então transmitindo as reuniões do Conselho Editorial da Zero Hora, principalmente as que decidem as pautas e definem linha editorial para as eleições, por exemplo.

Ao invés de ficarem atentando contra a organização partidária e principalmente contra o PT, caso o Grupo RBS agisse assim estaria prestando um verdadeiro serviço à democracia e à transparência.