É devido a tal condição imposta à sua editoria que BiruTaDoSuL mergulha a partir de hoje no recolhimento, desculpando-se das pessoas amigas que acompanharam, estimularam e justificaram o pouco que até aqui foi concretizado.
Surgido quase “acidentalmente”, numa circunstância de insurgência civil em que os blógues - e a internet, de modo geral - se tornaram poderosas forças argumentativas diante do controle monstruoso da informação e da opinião no Brasil, nunca tive a presunção de que o BiruTaDoSuL viesse a se tornar “veículo” ou fonte de informação.
BiruTaDoSuL surgiu modestamente como um espaço autônomo para a publicação de opiniões, polêmicas e análises oferecendo ângulos variados de apreciação da realidade e dos fatos. Conforme dito na mensagem de lançamento em 05 de setembro de 2006, BiruTaDoSuL nascia como um blógue “Que se habilita como um espaço de reflexão, análise e manifestação de sentimentos e percepções acerca dos dias atuais e das direções dos ventos dos dias nossos de cada dia.”.
E nasceu desejando simplesmente “que a companhia seja profícua”. Como se vê, portanto, foram sempre singelos os propósitos desde seu nascimento naquela quase primavera de 2006.
Hoje, nesse 26 de setembro de 2007, 406 postagens depois, centenas de comentários recebidos às publicações feitas e do meu carinho indizível pela “BiruTa dos ventos”, na pior das hipóteses consigo conceber a idéia de um recolhimento temporário – que até poderá ser prolongado -, mas não sua finitude.
Das muitas genialidades humanas, tenho lido e conhecido muito José Carlos Mariátegui, um peruano do início do século passado que se correspondia com Antonio Gramsci e cujo gênio criativo de esquerda adquire ainda maior saliência no contexto de uma existência brevíssima, interrompida precocemente, mas que condensou os melhores ensinamentos sobre política desde a perspectiva de esquerda.
De um texto de Mariátegui, por ocasião do terceiro aniversário da revista Amauta [sábio, em quíchua], que ele dirigia, busco as palavras para um até breve, que seja também um hasta la victória, siempre:
“La primera obligación de toda obra, del género de