sábado, 15 de setembro de 2007

Máfia russa para além do futebol

Deu na Terra Magazine na matéria “Corinthians é ponta de iceberg” [ler ...] que a parceria da MSI [empresa pertencente ao mafioso russo Boris Berezowski] com o Corinthians visava mais que a participação no futebol brasileiro. Foi um mecanismo de implantação da máfia russa – originária do processo de destruição da URSS em 1991 - no Brasil em outros negócios, muito além do futebol.

No futebol, a exigência de retorno financeiro foi tamanho que fizeram de tudo para seqüestrar o título de campeão brasileiro em 2005 do Sport Club Internacional de Porto Alegre em favor do Corinthians, conforme comentado em nota do BiruTaDoSuL de 11 de setembro passado [ler ...] e em artigo publicado na Carta Maior em novembro de 2005 [ler ...].

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

11 de septiembre de 1973

Frida Modak, Secretária de Imprensa do Presidente Salvador Allende

El 11 de septiembre de 1973 llegué a La Moneda alrededor de las ocho de la mañana. Una hora antes, una llamada telefónica en la que me preguntaban si el Presidente estaba en la casa de gobierno me indicó que había salido de la residencia presidencial de Tomás Moro, a la que me había comunicado por última vez con Augusto Olivares a las tres y media de la mañana. Mientras él y otros asesores trabajaban con el Presidente en el discurso con el que convocaría a un plebiscito para dirimir las diferencias con el parlamento, les iba entregando toda la información que recibía sobre el movimiento de camiones que transportaban militares hacia Santiago.

Este relato é feito por Frida Modak, que foi Secretária de Imprensa do Presidente Salvador Allende.

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O Império e a mentira

Fidel Castro [contumaz colunista do BiruTaDoSul]

“REAGAN foi o criador da Fundação Nacional Cubano-Americana, cujo sinistro papel no bloqueio e no terrorismo contra Cuba se conheceria anos depois quando o governo dos Estados Unidos revelou documentos secretos, embora ainda cheios de desavergonhados riscos. Se os tivéssemos conhecido antes, nossa conduta não mudaria.”

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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Renan goleia mídia golpista, gobbeliana e partidária

A absolvição de Renan Calheiros, presidente moribundo do Senado Federal, tem como principal subproduto a monumental derrota da mídia golpista, gobbeliana e partidária. Mídia que editorializou o escândalo do Renan como editorializa todo e qualquer assunto que seja do seu interesse particularíssimo.

Por mais que a partir de agora se passe a ouvir a balela de que perdeu a chamada
“opinião pública” ou de que perderam os valores republicanos, éticos, morais, etc etc etc, a principal derrotada mesmo foi mesmo essa espécie de mídia corrosiva que viceja no país. E que lamentavelmente continua repartindo entre as poucas famílias que a monopolizam, as polpudas verbas publicitárias federais.

Desde o ponto de vista político, dos hábitos republicanos e da coisa pública, a absolvição do Renan é deplorável. E custará caro ao próprio PT um preço alto, que deploravelmente cultiva um passivo importante neste quesito. Outra prova de que o PT sangrará com este processo é a maquinação da oposição tucano-pefelenta e sua mídia golpista, gobbeliana e partidária de que o PT e o governo Lula seriam os responsáveis por eventual absolvição do Renan.

Disso tudo esse espaço do BirutaDoSul nunca teve dúvidas. Aqui nesse espaço se disse inclusive mais: que o escândalo do Renan seria um bom começo para a extinção do Senado e a realização de uma radical Reforma Política no país.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de Setembro, de Alende a World Trade Center

Onde ocorrer um evento marcante, semiótico, serão notados os vestígios do império estadounidense. Duas patas do mesmo corpo chamado Estados Unidos unem num único sentido os acontecimentos de 11 de setembro de 1973 e de 11 de setembro de 2001.

Em 1973, os Estados Unidos apoiaram e atuaram diretamente na deposição do governo socialista e assassinato do presidente democraticamente eleito, Salvador Alende. Os estrondos de bombas e os sons dos aviões sobrevoando o Palácio de La Moneda ainda podem ser ouvidos. À frente da campanha sanguinária promovida pelos Estados Unidos, o fiel aliado Augusto Pinochet.

Em 2001, Bin Laden, antigo aliado e braço armado pelos Estados Unidos para consumar o governo Talibã, no Afeganistão, comanda o semiótico ataque às torres do edifício World Trade Center. As imagens dos aviões se chocando contra os edifícios e as chamas gigantescas de fogo e dor não sairão jamais da paisagem das pessoas que vivem neste século. Ainda não é totalmente esclarecido se a família Bush e/ou integrantes do governo de George Bush mantêm negócios petroleiros com a família de Bin Laden. O que seria até irrelevante, em função dos demais vínculos.

Estas duas barbáries ligam-se coerente e logicamente como parte de uma mesma atitude do império estadounidense no mundo contemporâneo. É certo que neste 11 de setembro a mídia global, controlada pelos Estados Unidos, de onde se originam quase 90% das “notícias” consumidas no mundo, relembrará o 11 de setembro do Norte, o de 2001.

O 11 de setembro de 1973, o do Sul, continuará como escrita e lembrança da página dos povos oprimidos e agredidos. Para que a memória dos povos produzam a consciência anti-imperialista e anti-capitalista.

No saite VioMundo, do jornalista Luis Carlos Azenha, tem uma boa cobertura sobre o 11 de setembro. Vale ver ...

Máfia russa no Corinthians e o verdadeiro campeão

As revelações sobre a atuação da máfia russa no Corinthians Paulista, com Boris Berezovski à frente dos negócios, pode ser o fio da meada sobre a “encomenda” do título de campeão brasileiro do clube em 2005.

Para lembrar: o Internacional de Porto Alegre, verdadeiro campeão daquele ano, teve o título surrupiado pela manobra de cancelamento sem critério de 11 jogos apitados pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que manipulou alguns resultados. Não bastasse isso, no confronto direto entre Inter e Corinthians, o time gaúcho, que deu um banho de bola, foi roubado com um pênalti não marcado e a expulsão injusta do jogador Tinga.

Tudo para garantir o retorno financeiro aos negócios milionários da máfia russa no futebol brasileiro. Até as pedras do Estádio Pacaembu sabem que o Corinthians tinha de ser campeão ...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

E “la nave vá”

Se é verdade que o IIIº Congresso do PT frustrou muitas expectativas alimentadas quanto à mudança de orientação partidária, também não se pode afirmar que o encontro tenha sido um completo desastre.

O PT apenas perdeu uma chance importantíssima [mais uma] do próprio calendário partidário-institucional. O que pode significar muito na presente circunstância de sua história. É bem provável que em função dos sentimentos de desencanto e desilusão que assomam boa parte da militância petista e da base social do Partido, o resultado do Congresso, em prazo não maior que médio, cobrará um preço alto. Talvez o preço da própria subsistência do PT enquanto alternativa transformadora de esquerda capaz de empolgar vanguardas e multidões.

Se há uma verdade incontornável emanada do IIIº Congresso é quanto à correlação de forças, que conserva a maioria dirigente e o controle da máquina partidária em mãos do Campo Majoritário, que com suas políticas e práticas vem conduzindo o PT a um processo acelerado de degeneração. Esse dado não pode ser subestimado. E poderá dizer muito sobre o futuro reservado ao PT.

Neste sentido, é incompreensível a predileção da esquerda petista em atacar-se mutuamente ao invés de unir-se para enfrentar de maneira coesa o Campo Majoritário nas disputas subsequentes, a começar pelo Processo de Eleições Diretas [PED]. É difícil, neste contexto, compreender-se os textos de autorias de dirigentes da Democracia Socialista e da Articulação de Esquerda se engalfinhando gratuitamente e a partir de aspectos rigorosamente acessórios a respeito do Congresso do PT.

Fariam melhor se se empenhassem nas tarefas fundamentais que têm pela frente enquanto duas das principais forças de esquerda do PT. A começar pelo PED, marcado para dezembro próximo. Não há chance de retomada do PT pela esquerda sem uma unidade programática e de ação nucleada a partir dessas duas forças internas da esquerda do PT.

Persistir nessa prática demarcatória e sectária significa persistir contrariando os interesses não só da esquerda petista, mas do conjunto da esquerda brasileira. Enquanto isso continuar acontecendo, estarão contribuindo para que “la nave” – leia-se, o Campo Majoritário – “”.