sábado, 30 de junho de 2007

Chance de discutir-se o unicameralismo

Os sucessivos achicalhes políticos que se acompanham no Senado da República poderiam inspirar a discussão sobre o unicameralismo como item a compor a reforma política.

Afora os aspectos filosóficos, jurídicos e políticos que tal discussão importa, o patético pronunciamento do senador Joaquim Ruriz [assista aqui] seria ponto de partida para discutir-se a necessidade de existência da Câmara Alta.

O problema é que a reforma política não só não passará de uma meia-sola como abrirá brechas para que o tucanato aplique uma contra-reforma política criando os distritões eleitorais, tudo ao gosto do conservadorismo brasileiro.

Tem toda a razão o deputado Chico Alencar do PSOL/RJ quando diz que a reforma política só ocorreria de fato se tivesse um clima de constituinte no Brasil.

“O Bom Deus me protegeu de Bush”

Adiante, a resposta de Fidel Castro à George W. Bush, que expressou o desejo [ou a obsessão] de ver Fidel morto, dizendo que “um dia o bom senhor levará embora Fidel Castro” [leia a respeito]:


O Bom Deus me protegeu de Bush

UMA inusual notícia apareceu há uns minutos através da EFE e da Reuters. Limito-me à versão espanhola: "Um dia, o Bom Deus levar-se-á Fidel Castro".

Isto não foi declarado numa piedosa igreja. Tal como fez em West Point, onde proferiu a famosa frase daquilo que deviam esperar dezenas de escuros cantos do mundo, nosso homem falou na Academia da Marinha de Guerra localizada em Newport. Respondia uma pergunta, muito bem elaborada, sobre a situação na América Latina que lhe fez um graduado colombiano da Academia. Que casualidade!


Imediatamente, como se estivesse ansioso por dizer qualquer coisa sobre Cuba e queixoso pela sua vez com o Bom Deus, acrescentou: "Só existe um país antidemocrático por nossos arredores e esse é Cuba. Acho firmemente que os cubanos devem viver numa sociedade livre. Interessa-nos que Cuba seja livre e interessa a eles não ter que viver sob uma forma de governo antiquada que é repressivo".


Anteriormente prometeu: "Continuaremos pressionando em favor da liberdade em Cuba".

Sem perder tempo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Gordon Johndroe, ao ser perguntado a respeito de se Bush desejava a morte de Castro, respondeu: "O Presidente referia-se a um acontecimento inevitável". Tal parece que o genial funcionário e seu chefe vão viver milhares de anos.


Agora compreendo por que sobrevivi aos planos de Bush e dos presidentes que ordenaram meu assassinato: o Bom Deus me protegeu.


Fidel Castro Ruz

28 de junho de 2007

18h32

Traduzido pela Equipe de Serviços de Tradutores e Intérpretes do Conselho de Estado — ESTI

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Programaço de domingo

Ótima e econômica opção [gratuita] de fim do final de semana em Porto Alegre é o Concerto da Orquestra de Câmara da ULBRA com a extraordinária regência do Maestro Tiago Flores. Acontece domingo, às 19 horas na Associação Leopoldina Juvenil [Rua Marquês do Herval, 280].

A novidade desse Concerto será a transmissão da batuta por Tiago Flores a Nicolau de Figueiredo, um dos mais importantes especialistas mundiais da música antiga. Ler mais a respeito.

O desejo - ou a obsessão - de Bush

Durante visita a uma escola de guerra naval, o Presidente dos Estados Unidos declarou gratuitamente que “Um dia o bom Senhor levará embora Fidel Castro”. Se diz isso em público a respeito do presidente de outro país, imagina o que Bush não deve dizer a confidentes sobre seus outros desejos mais íntimos?!.


O “Mister Danger” - como Chávez costuma chamar Bush – parece possuído por uma verdadeira obsessão com o fim de Fidel e da Revolução Cubana.

Sabe-se que o plano de Bush e dos poderes ocultos dos Estados Unidos depois do ataque ao Iraque em 2003, que esperavam fossem rápidos e resolutivos, era atacar Cuba, que faz parte do “eixo do mal” juntamente com Irã, Coréia do Sul e Afeganistão.


Em se tratando de um governo dos Estados Unidos, nada disso é novidade. Os documentos secretos da CIA relativos ao período de 1950/1970, recentemente revelados, confirmam que tentaram assassinar Fidel em pelo menos outras seis ocasiões.

Sobre o assunto aqui no BiruTaDoSuL: Bush terá de pôr as barbas de molho e “Bom Pastor” mostra papel da CIA e dos Estados Unidos.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Sumida

Sumida és
lugar vazio
sensação gozada
dor indefinível

longos dias
que ficam intermináveis
e também cinzentos
postos que sem luz

seriam dias escuros
assemelhados a noites

não fossem elas
ao seu jeito próprio
também charmosas
e brilhantes

Flagrantes de Iraque no Brasil

quarta-feira, 27 de junho de 2007

“Bom Pastor” mostra papel da CIA e dos Estados Unidos

Hoje toda a imprensa brasileira noticia a abertura dos arquivos da CIA conhecidos como “Jóias da Família”, que guardavam documentos e material de memória de 1950 a 1970.

Conforme comentado aqui no BiruTaDoSuL no último 23/06, os arquivos não trazem nada de novo, tão somente comprovam o que já se sabia a respeito da atuação anticomunista e agressora da CIA e de governos dos Estados Unidos ao longo da Guerra Fria.


Fica novamente a sugestão de que ver o filme “O bom pastor”, de Robert De Niro e ótimo elenco, conforme recomendado no comentário “Reveladas ações criminosas e ilegais da CIA de 1950 a 1970”.

Blair no Oriente Médio: solução ou provocação?

Na foto, Tony Blair na porta de saída da casa oficial do Primeiro-Ministro da Inglaterra, situada na Downing Street. Ele renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro devido ao profundo desgaste sofrido principalmente com o alinhamento incondicional a Bush e à participação ativa na guerra no Iraque. Aliás, Blair foi como um cão dedicado e fiel a Bush, participando mesmo da montagem da farsa das armas químicas para justificar a guerra unilateral dos Estados Unidos contra o Iraque.

Mas Blair não sairá da cena internacional. Foi indicado pelo “Quarteto do Oriente Médio” para ser uma espécie de “embaixador internacional” a mediar tanto o conflito Israel-Palestino quanto outros da conturbada região.


Parece nada realista a escolha de Blair para a função. Na verdade, soa como uma tremenda provocação sua presença em papel tão delicado, pois sempre tomou partido claro em favor de uma das partes do conflito [Israel] e enquanto chefe de Estado da Inglaterra conduziu a coalizão agressora contra um país árabe.


ET: “Quarteto do Oriente Médio” é o grupo composto por Estados Unidos, União Européia, Rússia e a ONU. Chama a atenção que a ONU, que deveria ser a instância mediadora em nome de todas as nações do globo, seja mais um a tomar parte de um “quarteto”. Neste caso a ONU não passa de cereja no bolo que passará legitimidade a presumíveis novas barbaridades que se produzirão.

*** *** ***

Em relação à indicação para “mediador” no Oriente Médio, Blair declarou em entrevista que “qualquer pessoa que se preocupa com paz e estabilidade no mundo sabe que uma solução para a questão palestino-israelense é essencial. Em várias ocasiões disse que farei o necessário para ajudar no assunto”.

Já houve, contudo, forte reação. O porta-voz do Hamas [Palestina], Fawzi Barhmoum, afirmou que Blair não é bem-vindo, pois “apoiou o terrorismo da ocupação sionista e massacres contra o nosso povo”.


De todo modo, além da declarada rejeição ao seu nome, a tarefa de Blair será naturalmente árida com o atual estado de guerra civil na Palestina. O antecessor no cargo, o ex-executivo do Banco Mundial James Wolfensohn, havia renunciado em 2006 depois de exercer a função menos de um ano, diante do fracasso do seu trabalho por lá.

“O que seria e não é”, de Frei Betto

Do artigo “O que seria e não é” de Frei Betto, publicado no Correio da Cidadania: “PMDB, DEM, PSDB e PR representam a classe dominante e, graças ao distanciamento do PT dos movimentos sociais, continuam também como classe dirigente. A direção do país está em mãos de uma coalizão partidária que não diverge frontalmente dos interesses dominantes, e até os reforça mediante a política econômica que prioriza os interesses do capital”.

Nesses quatro anos e meio de governo, o PT perdeu, por inabilidade política e falta de ética de alguns de seus dirigentes, a chance de se constituir no que Gramsci qualifica de ‘bloco histórico no poder’”.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Começa Fórum Social Mundial nos Estados Unidos

A partir de amanhã 27/06 até o próximo domingo 01/07 acontecerá na cidade de Atlanta, estado da Geórgia, o Fórum Social Estadudinense como parte da difusão e expansão planetária deste processo da sociedade civil mundial.

Temas como a libertação dos cinco cubanos presos ilegalmente nos Estados Unidos, a extradição do terrorista Posada Carriles para a Venezuela e tantas outras questões incômodas - guerras, imperialismo, aquecimento global, livre comércio - ao governo Bush farão parte das agendas de discussão.

Será também um momento para se pôr em evidência a oposição tanto interna quanto estrangeira ao unilateralismo e militarismo do governo estadudinense.

Lulismo forte como rochedo - seção 2

A alguns dias atrás foram revelados índices de uma pesquisa nacional realizada pelo PSDB, que situava o Presidente Lula em condições muito confortáveis perante as pessoas entrevistadas. A pesquisa demonstrou que 58% das pessoas Os dados daquele levantamento do PSDB podem ser revistos através deste linque aqui.

Nova pesquisa, desta feita do CNT/Sensus, além de confirmar o levantamento dos tucanos, revela que Lula estabilizou os índices que vinha obtendo desde o final do ano passado, a despeito dos últimos acontecimentos, dentre eles a hiper-exploração midiática em torno do seu irmão Vavá e outras pessoas presumivelmente ligadas ao seu círculo de relação.


Os dados adiante comprovam que Lula - ou melhor, o Lulismo - vai muito bem, obrigado. Por enquanto, todos os caminhos o conduzem a fazer o sucessor em 2010 – seja alguém do PT ou de fora do PT, isso não importa para ele – e voltar à Presidência em 2015, já com o mandato de cinco anos e sem reeleição.


Elite branca: racista, intolerante, homofóbica e xenófoba






Há mais do que muita coisa em comum nas duas imagens.

Há, tragicamente, tudo em comum!

1] A empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto foi brutalmente agredida às 4,30 horas da madrugada enquanto aguardava um ônibus na periferia do Rio de Janeiro para tentar atendimento médico.

Segundo o delegado de Polícia que preside o inquérito, os jovens agressores assumiram o risco de matar Sirlei: “Eles bateram várias vezes na cabeça da moça, ou seja, aceitaram o resultado-morte. Além disso, roubaram os pertences, como celular, carteira, que eram a única riqueza que ela possuía. Trata-se de uma tentativa de latrocínio”.

Os agressores são cinco jovens brancos, todos entre 19 e 21 anos, universitários, pertencentes à classe média alta carioca e todos residentes na Barra da Tijuca, onde Sirlei e outras mulheres negras “servem-nos” e às suas famílias. Eles alegaram que agrediram Sirlei imaginando que fosse uma prostituta!, como se isso fosse atenuante criminal!

2] O muro da Avenida João Pessoa, no Campus Central da UFRGS, outrora palco de pichações politizadas pela democratização do Brasil escritas pelo movimento estudantil libertário, agora desgraçadamente revela a face da intolerância e racismo que é invisível nas aparências da nossa sociedade, mas profundamente corrosiva na vida real. Ali diz: “negro só se for na cozinha do RU; cotas não”.

Os/as autores/as de tal pichação provavelmente sejam todos/as jovens, brancos, universitários, procedentes de famílias abastadas ou bem aquinhoadas que acessam a Universidade Pública e que não admitem que os negros e as negras que lhes servem nas cozinhas das suas casas freqüentem a Universidade Pública.

1 + 2] Morais da história [se é que existem morais nessas tragédias]:

a] em se tratando de “filhos da nobre elite branca”, a probabilidade de que os agressores e autores de tais crimes não sejam condenados é grande; e

b] qual o futuro do nosso país, tendo à frente uma geração capaz de atitudes tão deploráveis?

Privilégio também é o inverno no Rio Grande

Amazônia ameaçada

Ceci Juruá, professora da UERJ e pesquisadora do LPP – Laboratório de Políticas Públicas daquela Universidade enviou correspondência aos Senadores alertando para a “possibilidade de conglomerados estrangeiros e bancos estrangeiros assumirem a posse de territórios da Amazônia brasileira, sobretudo em decorrência de emenda constitucional aprovada pelo Congresso há mais de uma década eliminando a distinção entre empresa brasileira e empresa brasileira de capital nacional”.

Segundo Ceci, essa possibilidade “decorre da aprovação da Lei 11.284/06 pelo Congresso Nacional, após emendas introduzidas pelo Senado, sem que o projeto com as emendas finais tenha sido recolocado em discussão na Câmara”.

A carta de Ceci aos Senadores, acompanhada de Manifesto de Defesa da Amazônia pode ser lida clicando aqui.

domingo, 24 de junho de 2007

Palestina, Oriente Médio e o “risco de guerra total”

Em entrevista na FSP o professor de história da Universidade Harvard e pesquisador da Universidade Oxford, Niall Ferguson, traz um alerta de que “o próximo grande conflito global começará no Oriente Médio”. E diz ainda que “a probabilidade de que Bush ordene uma ação militar antes de deixar a Casa Branca é de 50%”.

A omissão do mundo em dar respostas satisfatórias às graves crises em curso em muitos países da região – em especial na Palestina [clicar para ler], Iraque e Líbano – poderá trazer conseqüências imponderáveis, como se percebe no tom das opiniões de Niall a partir de alguns trechos da entrevista aqui transcritos:

“Em primeiro lugar, a importância econômica do Oriente Médio está crescendo, pois nossa dependência de combustíveis fósseis não caiu. O Oriente Médio é a principal fonte futura de petróleo e gás natural. A idéia de que isso não importa é economicamente ridícula.

Em segundo lugar, o nível de violência no Oriente Médio é altíssimo e tem potencial para crescer ainda mais. Cerca de 3.000 pessoas são mortas no Iraque todo mês, e a tendência é que esse número aumente se os EUA se retirarem do país. Há risco de guerra total, entre os EUA e o Irã e entre Israel e o Irã. É uma região extremamente perigosa.


Ao olharmos para o século 20 notamos que uma enorme proporção dos conflitos ocorreu no leste e no centro da Europa, e há boas razões para isso. Havia conflitos étnicos tremendos e uma série de crises de ordem imperial. O Oriente Médio de hoje tem uma situação parecida. Temos o potencial de conflito étnico -já óbvio em Israel-Palestina e no Iraque- e uma crise da ordem imperial, em que os EUA estão perdendo o controle sobre a região. Em minha opinião, o risco de um conflito global tem sido menosprezado.”


Muito tempo foi desperdiçado com o governo Bush. O poder de iniciativa foi perdido. Bush não soube usar sua influência como presidente dos EUA no Oriente Médio. Mas os EUA não são os únicos responsáveis. Todos os membro permanentes do Conselho de Segurança da ONU [EUA, Reino Unido, França, Rússia e China] têm o dever de estabilizar a situação em Gaza e no Iraque. Mas não há sinais de que a China, muito menos a Rússia, vejam a necessidade disso.”


A coisa mais importante agora é o engajamento com o Irã. Se o próximo presidente [dos EUA] for sensato ele fará o que fez Nixon quando foi à China. Precisamos de um presidente que vá a Teerã e comece a engajar essas pessoas. Isolar regimes e aplicar sanções quase nunca funcionou na história da diplomacia.”


A probabilidade de que Bush ordene uma ação militar antes de deixar a Casa Branca é de 50%. Estamos mais próximos do que muita gente se dá conta de um segundo ataque preventivo americano. As conseqüências de uma ação como essa são incalculáveis. Estamos numa época muito perigosa e, por isso, discordo categoricamente de Luttwak. Dar as costas para o Oriente Médio hoje seria como fazê-lo com os Bálcãs no verão de 1914.”


Na mesma FSP há uma entrevista com o ex-consultor de defesa do Departamento de Estado dos EUA e atual assessor sênior do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos em Washington, Edward Luttwark, que pensa haver catastrofismo nas posições de Ferguson, pois o Oriente Médio não tem a importância que já teve. Para usar as palavras usadas por Ferguson para classificar a opinião de Luttwark: uma tolice, Uma tremenda tolice!

O Lulismo segue forte como rochedo

Abrangente pesquisa nacional feita pelo tucanato com 3.500 inquéritos com 65 perguntas em todo o país, reforça o que empiricamente já foi incorporado ao léxico político no Brasil: Lula é sinônimo de “Lulismo”, não de PT.

Dados preliminares da pesquisa publicados no blógue do Josias de Souza revelam o seguinte:

- 56% reelegeria Lula para um terceiro mandato;
- 58% apoiaria a idéia de fechamento do Congresso Nacional;
- apesar de tudo o que aconteceu, o PT é o partido mais bem avaliado, seguido pelo PMDB e PSDB. As outras legendas ou são ignoradas ou ostentam avaliação negativa;
- 50% admite votar em 2010 num presidenciável de oposição, porém desde que não represente ruptura, mas sim continuidade e melhoria das condições atuais;
- Lula tem aprovação de 60% contra 40% de desaprovação, ao passo que FHC teve aprovação de 56% contra 44% de desaprovação;
- 40% considera os programas sociais, principalmente o Bolsa-Família e seus conexos [auxílio-gás, alimentação, etc], criação exclusiva do Lula, e apenas uma minoria de cerca de 25% identifica o DNA tucano na gênese dos programas;
- os mais conhecidos do PSDB são, em ordem: José Serra [também o mais bem avaliado], Geraldo Alckmin e Aécio Neves.

Entra e sai crise, chovem canivetes, surgem denúncias de corrupção atingindo os três Poderes, setores empresariais, políticos e adjacentes e ainda assim Lula continua forte feito rochedo.

Se conseguirá conservar este capital político e dar as cartas para 2010 com vistas ao seu retorno em 2014 [ou 2015 com mandato de 5 anos sem reeleição] é a incógnita dos próximos anos. Mas Lula cada vez mais pinta como um fenômeno de longa significação histórica que atravessará os tempos, como um Getúlio Vargas e Juan Perón.