sábado, 28 de outubro de 2006

A onda é vermelha, mas tem de ser aproveitada

Esta não será a primeira nem a última eleição em que pesquisas apresentam prognósticos aberrantes mesmo às vésperas da votação. A pesquisa IBOPE que sairá na Zero Hora deste sábado, 28/10, outra vez prestará um desserviço à democracia publicando resultados absurdos.

Pesquisa eleitoral não substitui a consciência do povo! E tampouco antecipa a vontade popular. Por isso, as próximas 48 horas serão dramaticamente decisivas para consolidar um potencial concreto de vitória de Olívio e Lula no Rio Grande do Sul. A onda é vermelha nesta reta final da campanha; sentem-se os ventos da viragem que garantirão a mudança do Rio Grande com Olívio e do Brasil com Lula.

Ocorreram simultaneamente três processos nesses últimos dias com impactos diferenciados: i] o crescimento de Olívio nos eleitores indecisos; ii] a transferência direta de votos de Yeda para Olívio e iii] a diminuição da votação espontânea em Yeda sem, contudo, haver a transferência automática de votos para Olívio, mas sim temporariamente para o contingente de indecisos.

Houve, por isso, o aumento de pessoas que ficaram indecisas nestes últimos dias. Este universo deve estar girando ao redor de expressivos 13% do total de eleitores e é composto preponderantemente por mulheres. É este o contingente que definirá a eleição no domingo.

Por isso é prioritário o trabalho de consolidação da mudança de voto que já foi de Yeda mas que ainda depende de um empurrãozinho para migrar definitivamente para o Olívio. A onda é vermelha e favorece o esforço de convencimento e de busca de novas conquistas. Somente com o trabalho árduo e perseverante se converte o potencial de virada em vitória concreta.

Os ventos sopram a favor da viragem para continuar as mudanças com Lula e retomar as transformações do Rio Grande com Olívio.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Desespero descamba para delinqüência e terrorismo

A eleição chega ao seu desfecho final e, junto com os ventos da viragem em favor de Olívio e Lula, chegam também as baixarias da candidatura Yeda, Alckmin e seus partidários. O desespero de Yeda/Alckmin e sua turma pode ser medido pelo grau de delinqüência e terrorismo que vêm empregando nestes momentos finais da campanha.

Só até as 11 horas desta sexta-feira, foram interceptados quatro crimes cometidos pelas candidaturas de Yeda e Alckmin:

  • a veiculação de comercial eleitoral fraudado sobre o debate da RBS que usa áudio e vídeo do debate da TV Band;
  • prisão de apoiadores de Yeda distribuindo material apócrifo, com acusações a Olívio e com a logomarca falsificada do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre;
  • apreensão de material ofensivo e mentiroso do deputado Osmar Terra, distribuído na região de Santa Rosa; e
  • distribuição de material falsificado com a logomarca da Folha OnLine com a falsa notícia da filha de Lula presa na carceragem da Polícia Federal.

Todas as pessoas democráticas e de bem do Rio Grande que repudiam tais atitudes desesperadas devem denunciar quaisquer novas ilegalidades para os comitês de Olívio e Lula, para a Justiça Eleitoral, para a Polícia Civil e Brigada Militar e para todos os órgãos de imprensa ao alcance.

Eleição deve ser disputada de maneira limpa e sem golpes baixos. Eleição é a manifestação consciente e livre do povo, e por isso deve ser feito um mutirão cívico de vigilância contra a delinqüência e o terrorismo desencadeados pelas candidaturas de Yeda e Alckmin.

A militância da Frente Popular, movida pela paixão e pela verdade, não deve aceitar e revidar qualquer violência sofrida, mas denunciar imediatamente.

A força do povo vence a vilania política da direita.

A nacionalidade de Elsa

O amigo David, que tem a sua Elsa e se sentiria bem representado no papel de Fred, esclarece a dúvida de Biruta quanto à nacionalidade de China Zorrilla, se uruguaya ou argentina:
Biruta do Sul, China Zorrilla es uruguaya, pero mira que raro. En 1970 se fué de Uruguay porque estaba prohibida, no es verdad, parece mentira que estas cosas ocurran en America Latina.- David

Mais um passo de Olívio rumo à estação vitória

No último debate televisivo desta eleição – um dos raros que a candidata Yeda não desistiu de comparecer – Olívio mostrou novamente porque é a certeza de mudar o Rio Grande e a vida do povo gaúcho para melhor.

Olívio apresentou as propostas de geração de empregos, recuperação dos serviços públicos, articulação e integração das polícias, redução de impostos, fortalecimento da agricultura e dos setores econômicos tradicionais da economia gaúcha e vários outros pontos do programa. Olívio deu, dessa forma, mais um e importante passo rumo à estação vitória.

Do outro lado se postou uma Yeda desfigurada e visivelmente irritada que a cada crítica recebida reagia com intolerância e desapreço. A candidata estava alterada e nervosa, mas mesmo assim não abandonou o costumeiro tom professoral e arrogante. Nas respostas, só falou generalidades e tecnalidades que nem seus mais esforçados alunos poderiam aprender qualquer coisa.

Adiante, nas postagens são comentadas as principais passagens do debate.

Debate III - mais um passo de Olívio rumo à estação vitória

Solução de Yeda é a mesma que gerou o PCC
Apesar da advertência de Olívio de que o desmembramento da Secretaria da Justiça e Segurança não é solução, mas sim problema para a questão penitenciária, Yeda defendeu novamente a doutrina falida do tucanato paulista, que consiste em criar vários órgãos de segurança porém sem nenhuma política de segurança. O efeito, todos sabem, é caos e PCC.
Olívio quer integração e inteligência das polícias, e Yeda defende a desarticulação e desintegração.

Remédio de Yeda é veneno
Yeda considera boa a renegociação da dívida feita por Britto e FHC, que retira R$ 1,7 bilhões todo ano do Rio Grande. Para Yeda, a medida adotada por Britto e FHC com o apoio dela é positiva, apesar do brutal sacrifício imposto aos serviços e aos servidores públicos.

Cuidado
: o que Yeda considera remédio é, na verdade, veneno.

Debate II - mais um passo de Olívio rumo à estação vitória

Yeda é contra a redução de impostos
A candidata Yeda é contra o Plano de Desenvolvimento e Emprego proposto por Olívio, que prevê a redução de ICMS para várias cadeias produtivas condicionada à geração de 125 mil empregos.
Yeda é contra a redução de impostos porque sua corrente político-ideológica só sabe governar com privatizações e aplicação de tarifaços.

Meia verdade = Mentira Inteira
Eleição é também o exercício de equações aritméticas e matemáticas, principalmente quando num dos lados está uma professora arrogante ou o que o jornalista Paulo Sant´Anna já chamou de “ectoplasma tecnocrático”.
Yeda tentou por repetidas vezes usar sofismas e dizer meias-verdades. Chegou até a insinuar que Olívio é contra a agricultura familiar. Mas repetidamente ela ouviu de Olívio que meia-verdade é pior que uma mentira inteira.

O homem da Azaléia
Yeda não explicou a Olívio porque ela não fez nada quando “o homem da Azaléia”, o amigo Britto, tirou a empresa e milhares de empregos do Rio Grande do Sul.

Debate I - mais um passo de Olívio rumo à estação vitória

Yeda faz o jogo das oligarquias baiana e paulista
Olívio mostrou outra vez que a deputada Yeda fez parte da trama poderosa para tirar a FORD do Rio Grande para levar para a Bahia. Foi com o voto de Yeda que FHC e ACM aprovaram a Medida Provisória que garantiu enormes privilégios para a empresa, que então abandonou as negociações com o governo gaúcho.
Yeda sempre fez o jogo das oligarquias baiana e paulista, e por isso também votou contra a proposta de Reforma Tributária do governo Lula que beneficiaria muito o Rio Grande do Sul.

Yeda foge das responsabilidades
Durante todo o debate Yeda se esquivou das responsabilidades diretas dela ou dos setores partidários que a apóiam. Aliás, a candidata sempre usa o truque de esconder ou negar o que lhe é desfavorável.
Negou ser responsável com FHC e ACM da trama para a saída da FORD; calou diante do grave desastre ocorrido no Rio dos Sinos durante a gestão tucana na SEMA; mentiu sobre votações dela como deputada e na postura diante da Lei Kandir.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

As pesquisas, a viragem e a responsabilidade

A candidatura de Yeda sempre usou a técnica de repercutir pesquisas erradas para induzir o voto em candidatos supostamente vencedores. Algumas pesquisas que foram divulgadas antes previam o crescimento de Yeda a porcentuais tão elevados que, se verdadeiros, atingiriam a soma dos votos dela, do Olívio e mais a população inteira do Uruguay. Outras pesquisas chegaram, inclusive, a sugerir a decisão eleitoral antecipadamente por WO, de tão confiantes na vitória da candidata neoliberal.

Os recentes resultados divulgados devem ser recebidos, por isso, com idêntica cautela, pois pesquisa não substitui voto na urna e menos ainda dispensa a responsabilidade militante de se conquistar novas consciências e construir a maioria eleitoral e social de Olívio e Lula.

É certo que os tempos e os ventos são de viragem na eleição gaúcha. A verdade, a consciência, a história e a política vencem a mistificação propagandística dos neoliberais. Mas isso exige muita garra, muita força e muito trabalho de convencimento até às 17 horas do próximo domingo.
Agora é hora de reforçar o dínamo dos ventos da viragem, para trazer os ares da mudança de volta ao Rio Grande.

Elsa y Fred

Vale ver Elsa y Fred, um filme sensível, simples e esperançoso de Marcos Carnevale, que tem China Zorrilla [argentina ou uruguaia?], de Conversando com Mamãe, no papel principal de Elsa. O filme não tem nada de vulgar ou caricatural, apenas explora as possibilidades existenciais muitas vezes invisibilizadas pela brutalidade do cotidiano.

A história vence a mistificação

Jeferson Miola, integrante do IDEA – Instituto de debates, estudos e alternativas de Porto Alegre - jmiola@uol.com.br
Nas últimas eleições no Rio Grande do Sul, o conservadorismo gaúcho esconde os reais propósitos da sua ideologia e se camufla em imagens, clichês e bordões de apelo subjetivo.
Diante da derrota das fracassadas fórmulas neoliberais aplicadas especialmente no governo estadual no período 1995/1998, a direita gaúcha se transforma em camaleão para parecer o que não é e esconder o que de fato representa. As eleições, sob a ótica conservadora, passaram a ser convertidas em concursos de propaganda e de marketing, cheios de generalidades confortantes, sedutoras e com cada vez menos conteúdo programático para responder aos problemas concretos da população. Esta estratégia propagandística-eleitoral tem encontrado na grande mídia um poderoso meio de propagação, que sedimenta essa mistificação no imaginário social.
Em 2002, por exemplo, o atual governador foi eleito sob a consigna da “pacificação do Rio Grande”. Não se discutiam propostas concretas para a saúde, educação, empregos, juventude e desenvolvimento, porque o que dominava o ambiente político e social era tão somente o tal sentimento de “pacificação do Rio Grande”.
Tanto a propaganda eleitoral como a mídia operaram com eficiência em duas dimensões - i] para sedimentar uma versão parcial e anti-histórica sobre a gênese dos conflitos na política gaúcha daquela época, em que a oposição ao projeto democrático-popular empregou técnicas e métodos não muito diferentes do terrorismo tucano-pefelista na oposição ao governo Lula e na eleição presidencial desse ano; e ii] para isentar a oposição do ódio e sectarismo e ao mesmo tempo estigmatizar o governo Olívio Dutra e principalmente o PT, tratando como nefastos à vida política gaúcha e cuja continuidade deveria ser evitada de qualquer maneira.
Nas eleições municipais de 2004 a direita gaúcha outra vez se coesionou no bloco de “todos contra o PT” e aperfeiçoou a estratégia propagandística adotada nas maiores cidades do Rio Grande governadas pela Frente Popular, como Caxias do Sul, Pelotas e Porto Alegre. Nada de programas e propostas concretas para responder às necessidades do povo, mas apenas bordões sedutores tipo “manter o que está bom e mudar o que precisa ser mudado”. Dito de outra maneira, seria como incutir a seguinte máxima: “apesar de ser bom com o PT, não pode continuar com o PT”.
Nos últimos embates eleitorais gaúchos, portanto, o disfarce e o engodo venceram a política.
Nessa eleição Yeda é mais que candidata. É a mais recente trucagem oferecida como um “novo jeito de governar”. Este e vários outros bordões são repetidos à exaustão com o objetivo de impregnar o senso comum com formulações fantasiosas e mistificadoras das pessoas, da política e da história. Os partidários de Yeda ridiculamente chegam a igualá-la a Ana Terra e Anita Garibaldi!.
Uma candidatura não é expressão de devaneios e delírios pessoais ou coletivos. Menos ainda de fantasias e de abstrações mistificadoras que ocultam o passado, as trajetórias e os compromissos programáticos unicamente para iludir o povo e fraudar sua vontade genuína de escolha.
O revés contínuo que Yeda vem sofrendo no segundo turno não representa somente perdas eleitorais, mas felizmente a derrota de uma técnica propagandística muito perigosa que mistifica biografias, demoniza quem contraria seus interesses, falseia a história e converte a política em recurso de alienação, ao invés de propiciar a libertação criativa e participativa.
Olívio vem vencendo objetivamente a disputa pois vem conseguindo construir maioria eleitoral, social e política. Mas a vitória mais importante de Olívio se desenrola precisamente no plano subjetivo, de geração de consciências e de recuperação, junto ao imaginário social, dos verdadeiros valores da igualdade, fraternidade, solidariedade e da liberdade.
Olívio não se desmancha no ar como a adversária do povo gaúcho porque exibe com orgulho sua origem, sua história e sua visão de mundo. Ele tem a humildade de quem quer aprender com as experiências vividas, e seu compromisso com um futuro generoso para todo o povo gaúcho não é retórica eleitoral, mas o emblema de uma vida comprometida com transformações. A solidez do Olívio é produto da história de vida e de luta do nosso povo, que foi talhado para vencer, e sempre, toda e qualquer mistificação da política e da história.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Os ventos, a Biruta e a viragem

Os ventos que varrem o Pampa oferecem boas novas para os dias que chegam. Notícias alvissareiras virão para todo o povo gaúcho.

A combinação de vários fatores evidencia que se já não aconteceu, está prestes a ocorrer o fenômeno conhecido como “intersecção” – o definitivo passo de Olívio rumo à Estação Vitória. A Finlândia fica geograficamente mais longe.

As pesquisas, apesar das fortes evidências em contrário dos seus achados, continuarão as mesmas ...

Descompostura e grosseria

Eleição deveria ser um momento de afirmação programática e do bom debates de idéias e visões de futuro para a sociedade. Mas infelizmente há setores intolerantes que perdem a compostura quando perdem os argumentos ou quando se defrontam com quem pensa diferente.

O governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi, cumpria agenda de apoio a Lula e Olívio no Rio Grande no último 24/10 e foi convidado pelo controvertido presidente da FARSUL para uma visita à entidade. Para não haver dúvida: foi convidado para ir à FARSUL – não se ofereceu e não constava da sua programação original tal visita.

Lamentavelmente o controvertido presidente da FARSUL convida as pessoas para irem à sua casa para destratar e ofender o convidado. Não se faz isso com ninguém. Maltratar as pessoas é parte de uma perversão inaceitável. Chamar à própria casa para maltratar e agredir por divergências políticas é um ato de selvageria.

De afonias e cagaços

Yeda deve sofrer de um tipo de afonia seletiva, a ser confirmada na literatura médica se não se trata daquela que acomete pessoas em situações de pânico.

Zero Hora de hoje noticia que Yeda estava normal somente antes e depois do debate que deixou de ir na rádio gaúcha as 14 horas com Olívio. Aliás, consta que no gritedo dela na reunião com bombachudos e setores partidários, não faltaram os habituais xingamentos e incitações violentas contra o PT.

Ela foi estranhamente acometida pelo mal-seletivo no horário do debate com Olívio. A deputada desrespeita toda a população gaúcha, que cultiva a tradição do bom e respeitoso debate.

Resposta ao IOTTI

Na inspiradíssima charge de hoje em ZH, Iotti pergunta se algum candidato falou em prorrogação de contrato.

Biruta responde com toda presteza que Yeda, apesar da dissimulação, não consegue esconder que além de novos pedágios com o velho Polão Yeda, Britto & Padilha, também vai prorrogar os contratos dos atuais pedágios.

Na edição de 21 outubro passado, Biruta revelou o verdadeiro plano de Yeda, que ela escondia sofismando pretender “Novos Equilíbrios para os Pedágios de Consórcios que diminuam o custo para o usuário de automóveis e ônibus. [Item 4 do Capítulo Transportes e Sistemas Logísticos do Programa de Governo de Yeda].

Em português que todo mundo entende isso significa, na vida real, a prorrogação dos contratos de pedágios implantados pelo Britto.

Não são só as companhias de Yeda que são velhas e manjadas; ela continua com a velha turma e o velho estilo de mentir. Também as propostas dela são velhas, ultrapassadas e não servem ao Rio Grande do século XXI, como já não serviam no século passado. Enquanto todo o Rio Grande quer se desvencilhar das amarras do passado e das armadilhas criadas com as políticas neoliberais de Yeda, a candidata retrocede e defende propostas que atravancam o desenvolvimento.

Reacionarismo

Feijó faz o gênero do precursor que revela o caráter e do conteúdo da candidatura conservadora ao governo gaúcho. Através dele foi revelado, por exemplo, que a candidatura Yeda-Feijó, se eleita, realizará plebiscito para privatizar o BANRISUL e também se “livrará” de outras instituições que consideram pesadas, como a PROCERGS, UERGS, FEE, CORSAN e fundações e empresas públicas.

No debate da TVCom com Jussara Cony, Feijó então revelou a faceta reacionária da sua candidatura. Com um discurso ideológico embolorado, o vice de Yeda se referia à filiação de Jussara Cony ao Partido Comunista [pronunciado por extenso e não a sigla PCdoB] com acento extremamente preconceituoso. Feijó parece estacionado no período da guerra fria, portando um discurso paranóico que enxerga as mãos de Moscou em tudo e que deve trancafiar infantes em cofre para protegê-las de comunistas devoradores de criancinhas.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Os interesses no Polão de Yeda, Britto & Padilha


Nos debates, Yeda justifica a proposta de novos pedágios da Região Metropolitana com o Polão de Yeda, Britto & Padilha dizendo que defende o pedido de todos os prefeitos da região.

Em julho de 2005, 14 das 18 prefeituras municipais pertencentes à Associação dos Municípios do Vale dos Sinos pediram o empenho do governador Rigotto para evitar a retomada do Polão de Yeda, Britto & Padilha.

Afinal, cabe uma pergunta: a que interesses atende a deputada Yeda, se o empreendimento do Polão de Yeda, Britto & Padilha efetivamente não interessa aos prefeitos municipais e às comunidades que seriam duramente afetadas e oneradas com o projeto?

O mundo de Yeda


Em plena convocação extraordinária do Congresso Nacional em janeiro de 1998, a deputada Yeda fugiu das sessões extraordinárias de quinta e sexta-feira para fazer um piquenique nas fantásticas cachoeiras da Chapada dos Veadeiros.

Um passeio místico, esotérico. A parte real dessa estória foi que a deputada marcou presença no plenário para não perder a boquinha de R$ 551,70 de diária para cada dia de descanso no paradisíaco planalto brasileiro.

Um trabalhador sem os privilégios da deputada jamais poderia fazer o que a deputada fez, e caso fizesse, sofreria desconto no salário. Em nome da decência, a deputada deveria devolver os R$ 551,70 recebidos em cada sessão gazeada. Não devolveu, obviamente.

A deputada faltou à sessão que votava o antigo projeto Banco da Terra, do qual foi relatora. Não há informações de que havia alguma matéria de interesse dos gaúchos e gaúchas na incursão de Yeda pela Chapada dos Veadeiros.

Quando não privatiza, mercantiliza

O programa de governo de Yeda é uma peça exemplar das teses neoliberais que devastaram países e sociedades no século passado. Seu projeto vai além e atualiza as estratégias de acumulação privada à luz de uma visão radical de minimização do Estado e de maximização das oportunidades de Mercado.

O centro do programa de Yeda se assenta no projeto de PPPs – Parcerias Público-Privadas, no esvaziamento da capacidade de atuação estatal devido à não reposição de aposentadorias, na transferência de renda pública para mega-empresas, nas privatizações e na redução de investimentos sociais.

Além da privatização do BANRISUL e da perspectiva de venda e/ou extinção de empresas e fundações públicas como PROCERGS, UERGS, FEE, CORSAN, a concentração privada da renda seria enormemente ampliada através das PPPs. Com a adoção das PPPs se abriria uma nova e duradoura etapa de mercantilização de vários aspectos da sociedade e da economia gaúcha.

As PPPs estão prescritas para soluções as mais variadas: Estradas, Irrigação Agrícola, Política Habitacional de Interesse Social, Ferrovias, Hidrovias e Construção e Manutenção de Presídios. A adoção de PPPs nestas áreas – além de outras que não estão claramente explicitadas no plano de governo de Yeda – atrasaria o desenvolvimento do Rio Grande.

PPPs em Irrigação Agrícola
O programa de Yeda apresenta generalidades em relação ao Sistema de Irrigação, pondo em dúvida a real viabilidade pois omite estudos, custos, bases técnicas para execução, redes e mananciais para suprimento de água.

A hipótese de PPPs para a Irrigação Agrícola também carece de esclarecimentos sobre como o produtor rural remuneraria o Parceiro-Privado. Os produtores teriam de hipotecar a propriedade? Teriam de entregar a produção animal e de grãos? Teriam de entregar parte das terras, maquinários e equipamentos?

As PPPs na agricultura representam o sério risco de inviabilização da agricultura familiar gaúcha, que responde por 95% das propriedades rurais, 25% dos postos de trabalho e 65% da produção dos gêneros alimentares e itens de exportação.

PPPs nas Estradas
Yeda finalmente confessou que pretende implantar o projeto Polão de Britto e Padilha e dessa maneira criar quatro praças de pedágio na Região Metropolitana. E ressuscita aquele velho projeto nas bases originais em que foi concebido: dez anos de praças de pedágios e início de obras somente a partir do décimo primeiro ano de generoso faturamento.

Além do Polão, a candidata Yeda também propõe PPPs para “adequação de vários trechos da malha estadual” e para um “Plano para Estradas Estaduais”.

Parcerias Público-Privadas em obras rodoviárias é hoje e será no futuro o estabelecimento de concessões públicas para a exploração de pedágios. E não se pode alimentar ilusões: seriam novos pedágios concedidos, pois as parceiras-privadas não fariam pedágios comunitários.

PPPs nos Presídios
PPPs para a construção e manutenção de presídios é a amplificação da crise carcerária e não sua solução. Estudos demonstram que presídios privados são extremamente lucrativos para as parceiras-privadas, mas muito prejudiciais ao Estado e ao interesse público porque aumentam significativamente os custos públicos e deformam o sistema penal para gerar mais apenados e uma superpopulação carcerária. O subproduto dessa escolha, por exemplo, é a crise permanente do sistema penitenciário e o surgimento do PCC.


PPPs na Política Habitacional

A proposta de Yeda de realizar moradias populares na Região Metropolitana de Porto Alegre através de PPPs representa o retrocesso na política pública de habitação de interesse social desenvolvida com subsídio estatal para a população necessitada. As parcerias eficientes para a construção de moradias populares são aquelas firmadas entre o Estado, os Municípios e as cooperativas habitacionais urbanas e do meio rural.

*** ***

Não é só na privatização do BANRISUL e de outras empresas públicas gaúchas que se evidencia o recorte privatista da candidatura Yeda / Feijó. As PPPs propostas por Yeda não só aprofundam a visão mercantil acerca de atividades de execução tipicamente estatal, como também poderiam comprometer setores econômicos por inteiro, como a agricultura gaúcha.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Arrogância

Não é só o tom professoral e falso consistente de Yeda que cai enviesado. A face soberba e arrogante da candidata tem se sobressaído nos últimos dias.

Nada do que os outros fazem Ela considera bom. Só presta o que Ela e sua turma fazem. Nada do que os outros fazem tem a autoria reconhecida, pois tudo foi criado por Ela e seus congêneres tucanos.

O Bolsa-Família foi invenção dEla. O Banco do Povo foi uma criação dEla. E o Crédito Fundiário foi outra invenção dEla. Não demora muito e Ela vai dizer que o Universo também foi criação dEla. Mas só os frutos bons, porque obviamente os defeitos da humanidade são do resto dos humanos – afora Ela, claro.

Crise se supera com União

A crise do Rio Grande é muito séria, e se alguém imagina que poderá resolvê-la abrindo guerra contra o governo federal, só agravará o atual quadro de dificuldades.

A candidata Yeda faz uma oposição furiosa ao PT e ao governo Lula. Não cansa de dizer que Lula é o “carrasco do Rio Grande”. Com esta atitude arrogante de desvalorizar tudo de bom que os outros fazem, a candidata obstrui o caminho do diálogo e não reconhece os enormes avanços que vêm ocorrendo com o governo Lula no Rio Grande. É a duplicação da BR101, a Perimetral da BR116, a Rodovia do Parque, as Usinas de Biodiesel, a quadruplicação dos créditos agrícolas, a Unipampa e a Universidade do Norte Gaúcho, o Seguro de Preço Agrícola, o CEITEC, R$ 450 milhões a mais para o SUS, PROUNI, escolas técnicas, Dique Seco, Pólo Naval e tantos outros investimentos que modificarão a fisionomia do Estado para sempre.

Yeda, ao longo da campanha, só desancou o verbo contra o governo federal e não apresentou uma única proposta de diálogo ou de equacionamento conjunto de problemas que a União pode colaborar. Ao contrário, do ponto de vista da candidata, não haverá sequer renegociação da divida estadual, pois ela considera os termos do comprometimento das finanças gaúchas com o pagamento da dívida “um bombom maior que a festa da Páscoa na Serra” que foi deixado por Britto e FHC.

Agindo com arrogância e fazendo oposição furiosa ao PT e ao Presidente Lula só porque não são do seu partido ou da sua turma, a candidata prejudicaria ainda mais o Rio Grande, deixando o Estado estagnado por mais quatro anos.

A superação da crise depende de conhecimento, experiência, boas propostas e muita capacidade de diálogo e entendimento com o governo federal. É necessário haver muita união entre o próximo governador e o Presidente Lula. Não se supera a crise do Rio Grande com ataques furiosos ao governo federal. Por isso Olívio vem consolidando sua vitória neste segundo turno, porque representa a certeza da mudança com diálogo e o enfrentamento concreto dos problemas do Rio Grande.

Programado para mentir

O vice de Yeda, Paulo Feijó, foi finalmente enquadrado nos métodos políticos da candidatura Yeda. No debate da TV Guaíba com a vice de Olívio, Jussara Cony, Feijó parecia um robô a repetir as mesmas mentiras de Yeda em relação ao Banrisul e a outros temas espinhosos para a candidatura da direita, como os votos contra os trabalhadores e aposentados, o Polão, a extinção de fundações e empresas públicas.

Eleição é mesmo um tempo de camaleonismo. Paulo Feijó já demonizou o Banrisul de várias maneiras e revelou que se eleitos realizariam o plebiscito para se desfazer do “peso” do Banrisul. Publicou um artigo na Zero Hora de 10/03/06 no qual disse que o Banco de todos os gaúchos “vale mais morto que vivo”.

A candidatura de Yeda perde, assim, o único resquício de verdade que possuía. Uma virtude que inclusive era restrita ao seu vice.

domingo, 22 de outubro de 2006

Lula diz que foi Deus quem garantiu o segundo turno

A cada instante Lula busca novas explicações para a realização do segundo turno. Hoje afirmou que foi Deus quem garantiu o segundo turno. Está bem, foi Deus, desde que Deus também atenda pelo nome de Rede Globo de Televisão, conforme artigo já publicado por Biruta - William Bonner Presidente.

Com tantas revelações sobre a trama do delegado Edmilson Bruno com a imprensa - em especial com a
Globo para mostrar as fotografias do dinheiro no Jornal Nacional de 29/09 - até mesmo quem acreditava que o segundo turno foi causado pela ausência do Lula no debate, já se convenceu da enorme armação golpista criada pela Rede Globo e a direita.

A volta do Fórum Social Mundial

A eleição para o governo do Estado do Rio Grande do Sul está sendo acompanhada por setores da sociedade civil internacional que atuam no contexto do Fórum Social Mundial. A eleição de Olívio como governador do Rio Grande favoreceria os entendimentos para a realização de nova etapa mundial do Fórum em Porto Alegre.

Foi justamente no governo de Olívio, no verão de 2001, que se realizou a primeira edição deste que é um das melhores e mais generosas invenções da sociedade civil internacional. Além da credibilidade institucional conferida por Olívio, o Fórum recebeu apoio material e operacional incondicional do seu governo, o que gerou reações obscurantistas da turma reacionária que se aglutina em torno da candidatura de Yeda.

Pontos de viragem

Olívio entra nesta última semana das eleições consolidando um trabalho sério de conquista de apoios e adesões à sua candidatura. No final de semana, a presença de Lula no Rio Grande deu o empuxe necessário para a virada da disputa presidencial e, por conseqüência, do crescimento de Olívio.

No início desta semana decisiva, com o apoio que Olívio receberá do governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi, mais e importantes pontos eleitorais serão contabilizados em favor de sua candidatura.

Maggi, que não é caldo de galinha, mas que também não é sopa, é o maior produtor agrícola do Brasil. Sua presença no Rio Grande, portanto, exorciza os últimos fantasmas na caminhada vitoriosa de Lula e Olívio no território gaúcho.

Acontecendo na bela e doce capital

Muita coisa boa anda acontecendo na bela e doce capital dos gaúchos – no cinema, nas artes, na música. Neste domingo, teve uma exuberante apresentação de Geraldo Flach acompanhado da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, sob regência de Antônio Carlos Borges Cunha dentro da programação do Concertos CEEE.

Interpretando com extrema maestria e inventividade o clássico e o popular, Geraldo Flach populariza o gosto pelo erudito e sofistica a sonoridade do popular. Não por acaso é um dos principais músicos brasileiros da atualidade.