sábado, 14 de outubro de 2006

Eleição sem política

Que Yeda é defensora das privatizações, até as pedras do sofisticado bairro do Morumbi - na cidade de São Paulo, onde ela nasceu - sabem. E isso é dito não para ofender a candidata e a coligação conservadora montada em torno da sua candidatura, mas unicamente para clarificar o debate e tornar a eleição um momento de escolha consciente, para que as pessoas não comprem gato por lebre.

Mas Yeda se ofende com a verdade e tenta transformar o debate franco e direto em crime. Ora, o próprio candidato Olívio perguntou a ela no debate da TV Band sobre esta matéria de maneira franca e respeitosa, não como uma insinuação ou boato.

Mas Yeda e sua turma, que é composta pelas mesmas figurinhas manjadas que com o PSDB e Britto exterminaram o Rio Grande no passado, não aceitam o fato de que a balela de que representam o “novo” tenha sido desmascarada.

A candidata e seu bloco conservador, de cepa autoritária, não aceitam a crítica política. No primeiro turno, entraram na Justiça para proibir o PDT de veicular comentários sobre o racismo e os preconceitos dela em relação às religiões afro.

Do jeito que esta turma quer, proibindo que se discuta política em época eleitoral, a eleição seria convertida num concurso de propaganda sem povo, sem debate de idéias e com condenação para quem discutir política.

E quanto mais ardilosa e enganosa a propaganda – como a de Fogaça em 2004 -, maior a possibilidade de êxito eleitoral. Nesta arte, os yuppies do lado de lá, ex-petistas rancorosos e recalcados, se especializaram nas técnicas de Joseph Goebells.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Elas, as pesquisas

O Centro de Pesquisas do Correio do Povo, que na pesquisa de 29/09 havia eliminado Olívio do segundo turno, agora faz Yeda vencer por WO. Na próxima semana deverão formalizar pedido para que o TRE nem realize o pleito em 29/10 e proclame já o resultado.

Ou algo muito impressionante acontece no mundo da propaganda que faz com que Yeda obtenha 97% dos votos que no primeiro turno foram dados aos demais candidatos, ou algo muito errado acontece no mundo das pesquisas.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

O verdadeiro dossiê

Biruta recebeu a mensagem adiante publicada que vem de Cuiabá, domicílio da famiglia Vedoin, que é proprietária da firma que operou o superfaturamento de ambulâncias na época de FHC e José Serra. É um pedido de socorro para denunciar o que seria, de fato, a verdadeira história do dossiê e a negociata feita entre o tucanato e o capo Vedoin para ocultar o dossiê original e fabricar toda tramóia que resultou no que hoje é de conhecimento público.
Segue a mensagem:

DOSSIE VERDADEIRO É UMA BOMBA CONTRA SERRA E O PSDB
1) O Dossiê Serra, o verdadeiro, teria mais de 2.000 páginas. Quem teve acesso a ele, garante: é nitroglicerina pura contra o tucanato!
2) Vedoin, que não é bobo, quis vendê-lo ao PSDB, por 20 milhões.
Conseguiu, segundo dizem, vendê-lo por 10 milhões para os tucanos, via Abel Pereira.
3) Montou-se, entre Vedoin e Abel, preposto dos tucanos, um plano
genial: abafar o dossiê, o verdadeiro e ainda incriminar o PT.
Contando com a participação desastrada dos petistas Gedimar e Valdebran, que quando vieram a Cuiabá, viram o dossiê (o verdadeiro) e se assanharam! Era uma bomba de nêutrons para acabar com a raça do tucanato! Só que, na hora da venda, os Vedoin ofereceram uma isca, um dossiêzinho tabajara, que não continha nada que incriminasse os tucanos, é claro! O resultado está aí, ampliado e secundado pela mídia de aluguel!
Só que parece que algo desandou! Não contavam com a astúcia da Polícia Federal, que já tinha em mãos farta documentação incriminando Barjas Negri e Abel! Pena que esse estouro só se dará após as eleições! Pois se fosse antes, não se elegeria nenhum tucano nesse país! Aqui em Cuiabá, até os carapanãs do Porto já sabem dessa história. Pena que a mídia já está comprada e bem paga contra Lula! Essa mídia parcial fez uma blindagem aos tucanos, que nada os atinge! Isso até a Polícia Federal chegar ao fio do novelo!
Alô Blogosfera:
Divulguem isso, por favor! Não nos deixem isolados aqui em Cuiabá!
Não deixem que mentira
prevaleça! Não permitam que os tucanos, mais uma vez, saiam impunes!
Dessa vez, não! - por Ricardo Pedroni (
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=10516894795717838482)
Esta mensagem foi enviada por Rogier Menezes. Para ver o perfil de Rogier, clique em:http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=12104680871008857702"

Alckmin e o PCC

Alckmin, que se enquadraria no que Cláudio Lembo chama de "elite branca" que virou as costas para o Brasil real, quer ficar longe de uma das principais invenções do reinado de 12 anos dos tucanos em São Paulo - o PCC.
Numa entrevista a uma equipe estrangeira de televisão, ele nem parecia aquele sujeito valentão preparado por marqueteiros e anabolizado mentalmente por neurolinguistas.
No meio da conversa, levantou da mesa, arrancou o microfone e mandou a repórter falar com a Secretaria de Segurança de SP. Logo ele, que no debate disse que presidente tem de assumir a responsabilidade na área de segurança. Veja aqui como ele assume a responsabilidade.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Olívio é da paz

Guerra fiscal? Tô fora!

Nenhuma guerra é boa”, disse Olívio quando criticou o voto de Yeda na Câmara dos Deputados contra o fim da guerra fiscal proposta pelo presidente Lula.

Olívio ensinou humildemente que quer a paz, a solidariedade dentro do Estado, no país e entre os países. E a guerra fiscal prejudica a justiça, a solidariedade e a integração.

Olívio tem razão. Só com uma cultura de paz se constrói um futuro melhor e digno para todos os gaúchos e gaúchas. Com esta cultura de paz e com o orçamento participativo e o diálogo tolerante entre os que pensam diferente, o governo Olívio trouxe o Fórum Social Mundial para o Rio Grande.

Tom professoral e arrogante

A candidata Yeda também se saiu mal em relação a um dos principais disfarces da sua campanha: de que é uma técnica competente e eficiente.

Falando sempre em tom professoral e desprezando a sabedoria da população, a candidata só falou generalidades sobre todos os assuntos abordados. Não foi capaz de apresentar uma única proposta concreta em relação a nenhum assunto.

Causou assombro o desconhecimento e a inexperiência da candidata em relação à administração pública estadual e quanto à falta de propostas concretas para áreas fundamentais. Não respondeu absolutamente nada sobre segurança e sobre saúde e, além disso, falou que o ensino médio não é importante.

A verdade será mais forte que a camuflagem e os disfarces dos neoliberais que usam o marketing para enganar a população. O povo gaúcho, que já derrotou esta agenda, não permitirá a volta ao passado.

Não tugiu e não mugiu


Yeda não tugiu e não mugiu nas reiteradas vezes em que Olívio se referiu ao “seu governo, das privatizações” do qual a deputada fez parte de 1995 a 1998 tendo o PSDB com o vice-governador de Britto.

Foi o pior governo de toda história do Rio Grande, quando os neoliberais desenvolveram com radicalismo doutrinário as privatizações, a demissão de servidores em áreas essenciais, o desequipamento do serviço público na segurança, na educação, na saúde e a transferência de dinheiro público para grandes empresas e o abandono das cadeias produtivas locais.

O Rio Grande com Britto e o PSDB de Yeda serviu como o laboratório da aplicação das receitas neoliberais numa unidade da federação.

Este é, portanto, o governo da Yeda, o governo das privatizações.

A candidatura de Yeda não ressuscita só a agenda fracassada do passado. Também ressuscita a velha turma que esteve na linha de frente com Britto e o PSDB e hoje está na linha de frente da campanha dela.

Num panfleto da época, Britto dizia que eles [Yeda e a turma da sua campanha] estavam “construindo o novo Rio Grande”. Como se vê, não é de hoje que eles usam esse truque. Insistem em se dizerem “o novo jeito de governar”.

Uma ameaça no ar

Nas palavras de Olívio no debate da BAND, Yeda representa “uma ameaça no ar”. A candidata do PSDB se esgueirou de todas as formas para tentar demonstrar que não vai privatizar o Banrisul, a UERGS, a PROCERGS, a CEEE, mas não conseguiu.

A deputada também não foi nada tranqüilizadora para o funcionalismo. Ao contrário, fez vários malabarismos tecnocráticos para esconder o que significa exatamente o tal choque de gestão, e no que esse negócio poderia melhorar a vida dos servidores.

No primeiro turno da campanha, o choque de gestão de Yeda foi um curto-circuito, o calote nos fornecedores, o descontrole administrativo, a inexperiência e o inchaço da equipe de trabalho.

Yeda representa “uma ameaça no ar” porque por trás da idéia de choque de gestão se esconde a proposta de privatização do Banrisul e de outras empresas públicas estratégicas para o desenvolvimento do Rio Grande.

Olívio leu trecho de pronunciamento de Yeda na Câmara dos Deputados em 24/08/95, quando a deputada expôs professoralmente sua posição privatizante, dizendo que “... apóio, sem dúvida, a privatização dos bancos estatais, ...”.

O Vice de Yeda, Paulo Feijó, assume que é neoliberal e como gaúcho que é, não dissimula. Nunca escondeu suas posições radicais contra o Estado, contra o setor público e contra tudo o que não é privado ou que não pertence ao santíssimo mercado. No jornal Zero Hora de 08/10/06, o Vice de Yeda revelou claramente que, caso eleitos, realizarão o plebiscito previsto na Constituição do Estado para privatizar o Banrisul.

A ameaça, pois, aí está. É necessário espantar esta ameaça do ar assim como uma vela se apaga, aos poucos ...

Yeda faz o jogo da elite paulista

Numa linguagem futebolística, Olívio foi matador no debate com Yeda na TV BAND acontecido a poucas horas atrás. Com a humildade e sinceridade que lhe são características, Olívio desmascarou a camuflagem que a candidata do “novo jeito de governar” usa para esconder a natureza privatista e anti-popular do seu projeto.

Olívio se referiu ao voto dado pela deputada Yeda a favor da "guerra fiscal" e contra o projeto de Reforma Tributária do presidente Lula. A deputada - paulista de nascença e que apesar de exercer um mandato parlamentar dado pelos gaúchos defende interesses contra o Estado - não atendeu ao pedido do Governador Rigotto à bancada federal gaúcha para votar a favor do projeto de Lula, que é benéfico ao Rio Grande.

A deputada votou contra este projeto para atender ao pedido do então governador Alckmin, de São Paulo, que pratica a "guerra fiscal" para concentrar a riqueza ainda mais naquele Estado e exluir o resto do país do desenvolvimento harmônico. Por causa disso Olívio disse que “Yeda faz o jogo da elite paulista”.

Lula x Bush tupiniquim

Ontem a TV BAND realizou o tão esperado debate entre Lula e Alckmin. Muito foi comentado e escrito nas últimas 24 horas sobre o debate, portanto pouco haverá de ser acrescentado a essas horas. É difícil saber qual dos dois se beneficiará mais num confronto duríssimo e pautado por insultos e acusações pesadas.

Os mais entusiastas do debate foi justamente a mídia, que converte o que deveria ser a discussão programática e de esclarecimento democrático em um espetáculo de violência verbal e de ataques frontais.

Em termos táticos, Lula parece ter sido exitoso nas muitas ironias feitas, principalmente quanto comparou o totalitarismo de Alckmin à barbárie de Bush no Iraque. De sobra, pousou como um grande estadista.

E a tática de Lula também parece ter sido mais eficiente no objetivo de tornar Alckmin mais um governador do que candidato presidencial. De fato Alckmin pouco pôde conversar com todo o povo brasileiro, sendo chamado por Lula a se reportar quase exclusivamente ao povo de São Paulo – e sempre dando explicações.

O debate da BAND dá uma idéia da baixaria que teria sido um debate no primeiro turno com francos atiradores movidos a histeria.

domingo, 8 de outubro de 2006

A volta das pesquisas

O jornal Zero Hora publicou pesquisa do Ibope em 08/10 em que Yeda aparece com 63% e Olívio com 29%. No registro junto ao TRE/RS, Zero Hora declarou que a pesquisa custou R$ 85 mil, o dobro do valor de mercado.

Consultado por Biruta sobre tal resultado, o especialista RG prevê que, neste ritmo, na próxima pesquisa Yeda já aparecerá com 143%.

É de se supor também que nas novas rodadas as pesquisas também revoguem o resultado da Bahia.